Communitas | Último Tipo

Use a Imaginação

Este espetáculo foi o primeiro trabalho do Último Tipo destinado ao público infantil, tendo sido montado em 1991 e ficado em cartaz por 15 anos. Percorreu teatros, escolas, festas e praças de Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Grande São Paulo, Jundiaí, Limeira, Mogi Mirim, Campinas e região, dentre muitas outras cidades. Deixou diversos fãs por onde passou.

A peça tratava da proibição dos desejos infantis. Uma criança que não pode jogar bola, ver televisão, sair na rua, chupar balas, que opção tem? Sabe a resposta? Use a imaginação! O Apresentador contava a estória de um garoto muito esperto e irreverente chamado Ó Pafúncio. Ele descrevia como este personagem aprendeu as notas musicais, como aprendeu a dançar, onde morava e detalhes do cotidiano desse menino, que era aguardado ansiosamente pela plateia.

E, enquanto ele não vinha, o público era convidado a fazer parte de um show de calouros para mostrar seu talento. Era um ponto alto do espetáculo. No final, quando ninguém mais tinha ilusões de que o menino fosse aparecer, ele surgia,  mal-criado e zombeteiro, representado por um boneco.

Nesta peça, utilizamos, com muita criatividade, recursos simples e, ao mesmo tempo, mágicos como fantoches, bolhas de sabão, efeitos sonoros, troca de figurinos e adereços exóticos.

Apresentamos músicas como “A Arca de Noé” (Vinícius de Moraes), “Sítio do Picapau Amarelo” (Caetano Veloso e Dori Caymmi), “ Balão Mágico” (Edgard Poças), “Plunct Plact Zum” (Daltony Nóbrega), canções do folclore nacional, dentre outras.

Acompanhando o Último Tipo, sempre havia um violonista convidado. O primeiro foi o Ney Couteiro, que na época era conhecido como Baiano. Quando fomos para Belo Horizonte, foi Geraldo Barcellos quem assumiu o personagem e nos ajudou a criar o Laranjão, como ficou conhecido. Em Campinas, tivemos mais dois Laranjões: o Binho (Rubens Vaz Cavalcante), um amigo de Porto Velho, e, finalmente, o Allessandro Dias.

Com o passar do tempo, mudamos os figurinos e cenários, aprimorando-os cada vez melhores. Quando fomos para Belo Horizonte, a cenografia foi toda refeita pelo diretor de teatro e artista plástico Milton Rodrigues.