Communitas | Último Tipo

A Fada das Formas e a Máquina da Preguiça

Cansado de não ser notado pelas pessoas nos shows, ofuscado pela performance dos cantores, Tant Tan, um percussionista revoltado, resolve criar um empreguiçador, aparelho que faz com que as pessoas atingidas durmam de tanta preguiça. Sua intenção é colocar os cantores para dormir. Porém, antes que invente um antídoto para o efeito de sua máquina, ele resolve testá-la na primeira pessoa que aparece em sua frente, que por acaso é a Fada das Formas. Ela é a criadora de todas as formas do mundo e, a partir do momento em que é atingida pelos raios da máquina, começa a ficar com muita preguiça e para de construir e manter as formas. Sendo assim, as coisas começam a se deformar.

O mestre Malucão, um professor de matemática que ajuda a Fada das Formas a fazer números, é o primeiro a descobrir o problema, pois ninguém mais conseguia fazer ou falar o número 4, que está derretendo. Ele, junto com os assistentes Zóim, Tóim e Póim, vai à procura da fada para ver o que está acontecendo. Trazem o doutor Ora-Bolas para ajudar, entretanto, o velho médico, com seus tratamentos malucos, também não consegue dar uma solução definitiva para o caso. Tudo se resolve quando o Vento, fofoqueiro por natureza, ouve uma conversa aqui e ali e acaba descobrindo que o percussionista é o culpado pelas alterações que estão acontecendo pelo mundo.

Assim, eles resolvem o mistério, porém ainda não têm o antídoto para que a Fada das Formas volte ao normal. Mas, através de uma canção de infância que Zóim afirma ser mágica, conseguem que a Fada, a preguiça e tudo o mais volte ao normal. Tan Tan acaba percebendo o seu valor quando, para sua surpresa, todos os outros personagens mostram querer tocar seus instrumentos de percussão, até os cantores.

Este trabalho busca trazer para a criança uma grande variedade de estímulos sensoriais através de personagens fantasiosos, figurinos exóticos, máscaras, muitas cores, formas e símbolos. A música traz melodias incomuns e harmonias dissonantes, aliadas a uma grande variedade rítmica. A história, muitas vezes, será contada através das próprias músicas, aos moldes das operetas.

O texto do espetáculo aborda temas de relevância para a atualidade como a inter-relação entre tudo o que existe no mundo e, consequentemente, a questão da sustentabilidade. Além disso, fala da importância do respeito às diferenças, chama a atenção para o trabalho em equipe e como cada elemento é importante dentro de um contexto.

Trajetória

Este espetáculo vem sendo elaborado desde 1994, quando surgiram as primeiras ideias. Ficou pronto em 2000, quando foi montado pela primeira vez com o nome de “A Máquina da Preguiça”, ficando em cartaz por 2 anos. Em 2016, é que ele sai do forno com o nome “A Fada das Formas e a Máquina da Preguiça” e uma cara toda nova, contando com apoio do PROAC ICMS (Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo) e patrocínio das Lojas Torra Torra. Naquele ano, o espetáculo percorreu as cidades de Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e Piracicaba.

Pelo projeto Teatro nas Escolas, foi apresentado em São Paulo, na ONG André Franco Vive. Iniciou 2017 sendo apresentado na Campanha de Popularização do Teatro de Campinas e na Mostra de Repertório Infantil do Último Tipo no SESC Vila Mariana, em São Paulo.

Até hoje, já fizemos 40 apresentações para um público aproximado de 7 mil expectadores.

Duração: 50 minutos

Ficha Técnica

Direção: Déo Piti

Orientação de Máscaras: Ésio Magalhães

Texto: Jara Carvalho

Música: Jara Carvalho e Déo Piti

Elenco: Déo Piti, Velu Carvalho, Lya Bueno e Jara Carvalho

Cenário: Último Tipo

Painel central: Vicente Magalhães e Flávia Tonelli

Figurino: Déo Piti

Iluminação: André Salvador